Agora na sua ausência percebo. Quando você está longe é
que posso sentir a ameaça do tempo e a tortura que é
duvidar do que foi vivido. É quando você falta que os
fantasmas aparecem trazendo a notícia de que o mundo
nasceu de novo e é preciso ir vê-lo sob a pena de não
termos vivido. E nesses momentos desaparece a
cumplicidade que nos fazia amigos, amantes, companheiros
de viagem. Por isso escrevo, para que mesmo sozinho,
possa te encontrar de novo.