quarta-feira, 1 de maio de 2013

A CARTA.


Um dia nós aprendemos...

Depois de algum tempo aprendemos a diferença, a sutil diferença entre
dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendemos que amar não significa
apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começamos
a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são
promessas. E começamos a aceitar as nossas derrotas com a cabeça
erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza
de uma criança. E aprendemos a construir todas as nossas estradas no
hoje,porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o
futuro tem o costume de cair em vão ao meio.Depois de um tempo
aprendemos que o sol queima se ficarmos expostos por muito tempo. E
aprendemos que não importa o quanto nos importemos,algumas pessoas
simplesmente não se importam... E aceitamos que não importa o quanto
seja boa uma pessoa, ela vai ferir-nos de vez em quando e precisamos
perdoá-la por isso. Aprendemos que falar pode aliviar dores
emocionais.Descobrimos que levamos anos para construir confiança e
apenas segundos para destruí-la, e que podemos fazer coisas num
instante, das quais nos arrependeremos pelo resto da vida. Aprendemos
que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas
distâncias. E o que importa não é o que a vida contém, mas QUEM a vida
contém. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendemos que não temos que mudar de amigos se os amigos mudam,
percebemos que podemos fazer qualquer coisa com o nosso melhor amigo,
ou nada, e passar bons momentos juntos.Descobrimos que as pessoas com
quem mais nos importamos na vida nos são retiradas muito depressa;por
isso, devemos sempre deixar as pessoas que amamos com palavras
amorosas,porque pode ser a última vez que as vejamos. Aprendemos que
as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós,mas nós
somos responsáveis por nós mesmos. Começamos a aprender que não nos
devemos comparar com os outros, mas com o melhor que pode
ser.Descobrimos que se leva muito tempo para nos tornarmos a pessoa
que queremos ser, e que o tempo é curto. Aprendemos que não importa
onde já chegámos, mas para onde vamos;mas se não sabemos para onde
vamos, qualquer lugar serve.Aprendemos que, ou controlamos os nossos
actos ou eles nos controlarão;que ser flexível não significa ser fraco
ou não ter personalidade,pois não importa quão delicada e frágil seja
uma situação, existem sempre dois lados. Aprendemos que heróis são
pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as
consequências.Aprendemos que paciência requer muita prática.
Descobrimos que algumas vezes, a pessoa que espera que o pisemos
quando caímos, é uma das poucas que nos ajudam a
levantar-nos.Aprendemos que maturidade tem mais a ver com os tipos de
experiência que tivémos e o que aprendemos com elas, do que com
quantos aniversários já celebrámos. Aprendemos que há mais dos nossos
pais em nós do que supunha mos.Aprendemos que nunca se deve dizer a
uma criança que sonhos são disparates...poucas coisas são tão
humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendemos
que quando estamos com raiva temos o direito de estar com raiva, mas
isso não nos dá o direito de sermos cruéis.Descobrimos que só porque
alguém não nos ama como gostaríamos,não significa que esse alguém não
nos ama com tudo o que pode,pois existem pessoas que nos amam, mas
simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendemos que
nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,algumas vezes temos de
aprender a perdoar-nos a nós mesmos.Aprendemos que com a mesma
severidade com que julgamos, seremos em algum momento
condenados.Aprendemos que não importa em quantos pedaços o nosso
coração foi partido, o mundo não pára para que seja concertado.
Aprendemos que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante o seu jardim e decore a sua alma, ao invés de esperar
que alguém lhe traga flores.E, finalmente, aprendemos que realmente
podemos suportar... que realmente somos fortes,e que podemos ir muito
mais longe, depois de pensarmos que não podemos mais. E que realmente
a vida tem valor e que nós temos valor diante da vida!

W. Shakespeare

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